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  • Foto do escritorMaria Clara Galeano

"Singularidade" - Anavitória - 5ª edição Revista Whiz

A Revista Whiz é uma publicação feita pela Agência Júnior de Comunicação Mackenzie semestralmente e que trata de assuntos atuais para o público universitário. Debate sobre temas polêmicos, expões histórias inspiradoras, entrevista personalidades relevantes e recomenda estabelecimentos em São Paulo. Você pode acessar a revista original clicando aqui.

Singularidade

A revelação do duo de jovens meninas que refresca o cenário musical

Unidade. Essa é palavra que Ana Clara Caetano e Vitória Falcão usam para definir o duo Anavitória. Saídas de Araguaína, interior do Tocantins, as meninas de 21 anos se conhecem desde crianças, mas firmaram a amizade através de uma amiga em comum apenas na adolescência. O interesse pela música começou cedo. Ana aprendeu a tocar violão com o irmão aos catorze anos e sempre cantou em casa. Já Vitória, sendo influenciada pelo pai, que sempre esteve envolvido com música, começou a cantar aos nove anos na igreja que frequentava. Em 2013, Ana convidou Vitória para gravarem seu primeiro cover, com o objetivo de publicar em seu canal no Youtube. A parceria deu tão certo que não fizeram apenas um. Quando Ana Clara não estava em Araguarí, Minas Gerais, cursando Medicina, se encontrava com Vitória na cidade natal para cantar. E foi aí que a jornada se iniciou. A carreira da dupla começou de fato após uma “tietagem” de Vitória. Fã do cantor Tiago Iorc, enviou para ele o cover que ela e Ana haviam gravado de sua música “Dia Após o Outro”, sem nenhuma pretensão. O que elas não esperavam era que Felipe Simas, empresário de Tiago, ouvisse o cover junto com o cantor e as convidasse para gravar. Nasceu aí o duo Anavitória, com o apadrinhamento de Tiago Iorc e Felipe Simas, com selo do projeto Forasteiro, trabalho do cantor e do empresário que visa lançar novos artistas com futuros promissores. Ana e Vitória vieram então para São Paulo para gravarem seu primeiro EP. Com o lançamento de quatro músicas, com produção de Tiago, as meninas foram inseridas no mercado musical brasileiro, conquistando fãs no caminho. Com seu trabalho de apadrinhamento, Iorc ainda dava a oportunidade de cantarem em seus shows, lançando-as para seus fãs, aumentando o número de admiradores de Anavitória. O ponto alto da curta carreira do duo até agora foi, sem dúvidas, o projeto Catarse, um financiamento coletivo que possibilitou a gravação do disco das meninas, lançado em Agosto pela gravadora Universal. Eram necessários 48 mil reais para o projeto sair do papel e tantas pessoas investiram no sonho de Ana e Vitória que a meta já havia sido atingida em menos de dois meses. Ao final da arrecadação, foi contabilizado vinte e oito por cento a mais que o necessário para o projeto. Além da ajuda, o financiamento coletivo também funcionou como uma pré-venda do disco, estimulando o engajamento do público. Para Ana Clara, o caminho também envolveu sacrifícios. Já cursando Medicina por dois anos, teve de trancar o curso para seguir o caminho na música. Conta que sempre pensou em ir pelo lado musical, mas seus pais nunca deram muito apoio para investir em sua formação artística. Então, estudou e ingressou na faculdade de Medicina em Araguarí, Minas Gerais. Com a proposta de Felipe e Tiago, Ana suspendeu o curso para dedicar-se inteiramente a Anavitória. A relação entre as duas parece ser de uma amizade fortíssima. O entrosamento é tão nítido que elas descrevem o duo com uma única palavra que simboliza isso. Unidade. Ana Clara ainda declara que elas se equilibram. Enquanto Vitória é mais extrovertida, Ana é mais tímida e discreta, balanceando a parceria. Fica evidente também a simplicidade das duas que, em momento nenhum, demonstraram-se deslumbradas com o sucesso e com a fama que está por vir. Elas também são bastante presentes nas redes sociais. Usuárias assíduas do aplicativo Snapchat, costumam dividir suas rotinas, os trabalhos e os momentos de descontração com os fãs. Já no Youtube, o sucesso não para de crescer. O vídeo da música “Singular” já bateu a marca de dois milhões de visualizações e “Cor de Marte” não fica atrás com mais de um milhão de reproduções. Na plataforma de música Spotify, onde disponibilizou oficialmente seu EP, o duo já conta com mais de trinta mil seguidores e 94 mil ouvintes mensais. O apoio que recebem do público também não é pouco. Seus fãs, apelidados carinhosamente de passarinhos, marcam presença em shows e divulgam as músicas e vídeos em grupos e páginas nas redes sociais. Em entrevista realizada meses antes do lançamento do disco, declararam que a maior ambição de Anavitória era em relação ao primeiro disco. “Que ele tenha uma repercussão linda e que o pessoal se identifique tanto quanto o EP.” Ana declarou. Vitória ainda acrescenta que as duas não fazem muitos planos a longo prazo, evitando frustrações, preferem viver um dia de cada vez, dedicando-se ao máximo para colher sempre os melhores resultados possíveis. O duo traz uma lufada de coisas novas para o mercado. Intitulando seu som de Pop Rural, Anavitória sai do lugar comum, do clichê da atualidade. O ritmo – com nomenclatura praticamente criada por elas – seria uma junção de todas as inspirações musicais das duas, de Wesley Safadão à Beyoncé, como Ana Clara cita. Popular, pois é democrático, feito para todos e rural, pois tem influência das origens e raízes de Ana Clara e Vitória. O que as difere também é o novo perfil que é apresentado, o de duas jovens cantando música que não é regional, trazendo a famosa singularidade que Anavitória canta e traz como carro chefe.


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